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20 de fevereiro de 2011

Não volta!


Imagem: google.com
 Acabei de ver o filme Jean Charles, e saí de cena com um nó na garganta. A cena que com certeza mais me marcou, foi em que o primo dele disse: Eu devia ter aceito o pão de queijo (só quem viu o filme entende). A questão foi o arrependimento de não dar a ultima desculpa, de não dar o ultimo abraço.


Fico me perguntando por que é sempre assim, a gente sempre fica por dizer, fica por fazer. Nunca falamos as coisas na hora certa, nunca pedimos/damos um abraço na hora certa, nunca, nunca, nunca. Tudo que fica quando alguém se vai é o arrependimento de não ter falado, de não ter feito. É tristemente incrível como quando vamos a um velório o que mais ouvimos é: eu devia ter... , devia ter dito te amo, desculpas, por favor, devia ter dado um abraço, um beijo. É sempre assim, e o pior é que a gente não aprende. Somos sim, seres burros, mais do que se pensa. É errando que se aprende? E depois que a pessoa em questão se vai? Onde fica o aprendizado aí, se você não vai dizer e fazer as coisas certas?

Fiz coisas erradas no decorrer da minha vida e não tive a coragem de corrigi-las, depois foi tarde de mais, ficou apenas o arrependimento de não ter dito ou agido. E me pergunte agora: você aprendeu com isso? E eu responderei: Não!, não porque ajo de forma errada com quem não deveria, fecho a cara, ignoro, respondo quem não pode. Não, infelizmente minha resposta é não.

Peço a vocês uma coisa, apenas uma, e quero que tentem, tentem com coragem com verdade. Digam que amam que sente falta, digam perdão, digam obrigada (o), dêem abraços apertados, beijos prolongados. Sejam felizes, não guardem rancor, nunca, saia de uma briga ou discussão sem antes pedir perdão, mesmo que o errado não seja você. Peça, apenas para não se arrepender depois.

A pior dor é aquela das palavras não ditas e das ações não feitas.

Gabriela Luz

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